terça-feira, 24 de abril de 2012

A FAMÍLIA É PRIORIDADE NA EVANGELIZAÇÃO



A família é um dos sinais de Deus, que brota como benção em meio aos tempos de insegurança e crise dos valores cristãos.
Tendo em vista as mudanças sociais, culturais e religiosas na atualidade, urge uma pastoral ousada e autêntica, que resgate, valorize e estimule os valores no interior de cada família. Neste cenário desafiador para se cultivar a fé, brota em meio os espinhos e pedras do terreno social árido e seco, por causa das drogas, hedonismo, individualismo, competição, pansexualismo, etc. sinais de esperança e vida. Na Diocese de Caçador – SC brota mais uma semente do Evangelho de Jesus Cristo, que está sendo cuidada por diversas lideranças eclesiásticas e leigas. O Espírito Divino soprou no coração deste povo que ardia na Assembleia Diocesana da Pastoral da Família, realizada neste mês de Abril, levando-os a convidar o Cristo para cear juntos. Em meio ao banquete da Palavra de Deus e dos documentos da Igreja, servidos com sabedoria pelos Assessores Marivone e Volvei coordenadores da Pastoral da Família no regional Sul IV e Vice Coordenadores nacional, com muita fé alimentaram a esperança e saciaram a fome de conhecimento sobre a Pastoral da Família, destes desbravadores, que são as lideranças leigas.  Alimentados e saciados, hoje encontram-se vários agente pastorais, espalhados em diversas paróquias da Diocese, que passam a cultivar este chão árido da realidade de muitas famílias. São instrumentos de Deus, para cultivar o Amor, o perdão, a confiança, a oração e tudo o que é necessário para realizar esta obra, no Reino de Deus.
A família é esta planta, gerada da semente do evangelho, lançada no campo, que precisa de cuidado, atenção, acolhimento e compreensão. Este campo é formado por uma diversidade muito grande de famílias, por isso não há uma receita pronta, ou um manual que ensine a cultiva-las. Ai está o encanto e a beleza, na pluralidade vivendo em unidade. A pluralidade de formas e jeitos que se origina da identidade de cada família, unidas formam o jardim da Igreja. A orientação da Igreja é como a chuva que faz fertilizar este campo. É neste sentido que há várias direções da Igreja que merecem destaque, como as do Papa João Paulo II que ao promulgar a Exortação Apostólica Familiaris Consortio (1981) sobre “A Missão da Família Cristã no Mundo de Hoje” nos diz que “Amar a família significa estimar os seus valores e possibilidades, promovendo-os sempre. Amar a família significa descobrir os perigos e os males que a ameaçam, para poder superá-los.” É nesse sentido que precisamos ter uma Pastoral que tenha um olhar de ternura para a família. Desde o Concílio Vaticano II com seus diversos documentos que referenciam a família. A conferência de Santo Domingo, Medelín, Puebla e Aparecida que recentemente aconteceu aqui no Brasil, chamam atenção para este campo de evangelização.
Precisamos ter uma visão missionária, e não uma visão única. Não devemos olhar somente para os que estão dentro da Igreja e sim olharmos para os que estão fora, sem julgamento e preconceitos. Demonstrar um olhar misericordioso para os casos especiais, amparar a uniões recentes e orientar a juventude em seus namoros. Para isso precisamos uma pastoral intensa e vigorosa para levar esta missão que é em defesa e promoção das pessoas em todas as etapas e circunstancias da vida.  Neste sentido a formação de agentes qualificados; formação de qualidade aos noivos; acolher a realidade familiar; valorizar o ser humano desde a concepção até a morte natural; despertar o sentido missionário; é um dos grandes objetivos da pastoral (Diretório da Pastoral Familiar nº 461).  “Pastoral é pastorear, animar, cuidar, zelar, acompanhar uma fé que existe”. Ela tem que ter engrenagem, pois ela é como o “eixo” que move as pastorais. É o ponto básico e fundamental, pois todas as pastorais tem alguma relação com a família, todos nascem neste berço – canteiro. A pastoral familiar poderá contribuir para que a família seja reconhecida e vivida como lugar de realização humana. “A mais intensa possível na experiência de paternidade, de maternidade e filiação e de educação contínua da fé”. (DGAE nº 108). Um exemplo deste cuidado é o Instituto Nacional da Pastoral Familiar – INAPAF, sua natureza é a formação de agentes para trabalhar as diferentes realidades familiares.
Por fim, a família é uma preciosidade grande, que precisa ser cuidada, amada e valorizada. Se esta célula social estiver bem, todo seu conjunto vai bem. Como Igreja cada um de nós pode fazer parte deste projeto tão belo e perfeito que e o REINO DE DEUS. Ele conta com você.

Cleusa Furtado de Sousa e Edson Sidinei Hübner
Secretaria Diocesana da Pastoral da Família – Diocese de Caçador.

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