A
família é um dos sinais de Deus, que brota como benção em meio aos tempos de
insegurança e crise dos valores cristãos.
Tendo
em vista as mudanças sociais, culturais e religiosas na atualidade, urge uma
pastoral ousada e autêntica, que resgate, valorize e estimule os valores no
interior de cada família. Neste cenário desafiador para se cultivar a fé, brota
em meio os espinhos e pedras do terreno social árido e seco, por causa das
drogas, hedonismo, individualismo, competição, pansexualismo, etc. sinais de
esperança e vida. Na Diocese de Caçador – SC brota mais uma semente do
Evangelho de Jesus Cristo, que está sendo cuidada por diversas lideranças
eclesiásticas e leigas. O Espírito Divino soprou no coração deste povo que
ardia na Assembleia Diocesana da Pastoral da Família, realizada neste mês de
Abril, levando-os a convidar o Cristo para cear juntos. Em meio ao banquete da
Palavra de Deus e dos documentos da Igreja, servidos com sabedoria pelos
Assessores Marivone e Volvei coordenadores da Pastoral da Família no regional
Sul IV e Vice Coordenadores nacional, com muita fé alimentaram a esperança e
saciaram a fome de conhecimento sobre a Pastoral da Família, destes
desbravadores, que são as lideranças leigas. Alimentados e saciados, hoje encontram-se
vários agente pastorais, espalhados em diversas paróquias da Diocese, que
passam a cultivar este chão árido da realidade de muitas famílias. São
instrumentos de Deus, para cultivar o Amor, o perdão, a confiança, a oração e tudo
o que é necessário para realizar esta obra, no Reino de Deus.
A
família é esta planta, gerada da semente do evangelho, lançada no campo, que
precisa de cuidado, atenção, acolhimento e compreensão. Este campo é formado
por uma diversidade muito grande de famílias, por isso não há uma receita
pronta, ou um manual que ensine a cultiva-las. Ai está o encanto e a beleza, na
pluralidade vivendo em unidade. A pluralidade de formas e jeitos que se origina
da identidade de cada família, unidas formam o jardim da Igreja. A orientação
da Igreja é como a chuva que faz fertilizar este campo. É neste sentido que há
várias direções da Igreja que merecem destaque, como as do Papa João Paulo II que
ao promulgar a Exortação Apostólica Familiaris Consortio (1981) sobre “A Missão
da Família Cristã no Mundo de Hoje” nos diz que “Amar a família significa
estimar os seus valores e possibilidades, promovendo-os sempre. Amar a família
significa descobrir os perigos e os males que a ameaçam, para poder
superá-los.” É nesse sentido que precisamos ter uma Pastoral que tenha um olhar
de ternura para a família. Desde o Concílio Vaticano II com seus diversos
documentos que referenciam a família. A conferência de Santo Domingo, Medelín,
Puebla e Aparecida que recentemente aconteceu aqui no Brasil, chamam atenção
para este campo de evangelização.
Precisamos
ter uma visão missionária, e não uma visão única. Não devemos olhar somente para
os que estão dentro da Igreja e sim olharmos para os que estão fora, sem
julgamento e preconceitos. Demonstrar um olhar misericordioso para os casos
especiais, amparar a uniões recentes e orientar a juventude em seus namoros.
Para isso precisamos uma pastoral intensa e vigorosa para levar esta missão que
é em defesa e promoção das pessoas em todas as etapas e circunstancias da vida. Neste sentido a formação de agentes
qualificados; formação de qualidade aos noivos; acolher a realidade familiar; valorizar
o ser humano desde a concepção até a morte natural; despertar o sentido
missionário; é um dos grandes objetivos da pastoral (Diretório da Pastoral Familiar
nº 461). “Pastoral é pastorear, animar,
cuidar, zelar, acompanhar uma fé que existe”. Ela tem que ter engrenagem, pois
ela é como o “eixo” que move as pastorais. É o ponto básico e fundamental, pois
todas as pastorais tem alguma relação com a família, todos nascem neste berço –
canteiro. A pastoral
familiar poderá contribuir para que a família seja reconhecida e vivida como lugar de
realização humana. “A mais intensa possível na experiência de paternidade,
de maternidade e filiação e de educação contínua da fé”. (DGAE nº 108). Um
exemplo deste cuidado é o
Instituto Nacional da Pastoral Familiar – INAPAF, sua natureza é a formação de
agentes para trabalhar as diferentes realidades familiares.
Por
fim, a família é uma preciosidade grande, que precisa ser cuidada, amada e
valorizada. Se esta célula social estiver bem, todo seu conjunto vai bem. Como
Igreja cada um de nós pode fazer parte deste projeto tão belo e perfeito que e
o REINO DE DEUS. Ele conta com você.
Cleusa Furtado de Sousa e Edson Sidinei Hübner
Secretaria Diocesana da Pastoral da Família – Diocese de
Caçador.
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