terça-feira, 24 de abril de 2012

DEZENAS DE AGENTES DE PASTORAL SE REÚNEM PARA ASSEMBLEIA DIOCESANA DA PASTORAL DA FAMÍLIA



Nos dias 14 e 15 de Abril de 2012 realizou-se no Centro de Formação João Paulo II a Assembleia Diocesana da Pastoral Familiar, tendo a representação das Paróquias e dos Movimentos que evangelizam com família, na Diocese de Caçador. Este evento teve assessoria do Casal Marivone e Volnei, Coordenadores do Regional Sul IV e Vice-coordenadores Nacional da Pastoral da Família no Brasil. Dom Severino com sua calorosa presença e motivador deste processo, Bispo referencial da Pastoral Familiar, Pe. Valmor, assessor eclesiástico da Diocese, Pe. João Casara, coordenador diocesano das pastorais e a equipe de coordenação Diocesana da pastoral. Entres as diversas atividades realizadas, tiveram momentos de reflexão sobre o que é Pastoral Familiar e seus objetivos, trabalho em grupo, reflexões sobre o que temos e o que falta em cada paróquia. Estudo sobre o Pré-Matrimônio, Pós-Matrimônio, Casos Especiais, INAPAF, momentos fortes de oração, animação, socialização de experiência e eleição da Coordenação.
Sendo a Família a prioridade em nossa ação evangelizadora, convém destacar a importância dos valores da vida, sendo que esses estão se perdendo na sociedade. Dificilmente vemos projetos de vida, e sim contra valores, como exemplo, a última decisão do Supremo Tribunal  Federal na liberação  do aborto dos fetos com anencefalia. Para isso é de suma importância todos os movimentos e pastorais. Precisamos ter uma visão missionária, e não uma visão única. Não devemos olhar somente para os que estão dentro da igreja e sim olharmos para os que estão fora, sem julgamento e preconceitos. Demonstrar um olhar misericordioso para os casos especiais. Para isso precisamos uma pastoral intensa e vigorosa. O Papa João Paulo II promulga a Exortação Apostólica Familiaris Consortio (1981) sobre “A Missão da Família Cristã no Mundo de Hoje”. É nela que vamos encontrar uma abordagem motivadora e atualizada sobre Pastoral Familiar. Afirma que “Amar a família significa estimar os seus valores e possibilidades, promovendo-os sempre. Amar a família significa descobrir os perigos e os males que a ameaçam, para poder superá-los.” É nesse sentido que precisamos ter uma Pastoral que tenha um olhar de ternura para a família. Há diversos documentos da Igreja que trazem este olhar desde o Concílio Vaticano II com seus diversos documentos que referencial a família, as conferências de Santo Domingo, Medelim, Puebla e Aparecida que recentemente aconteceu aqui no Brasil, chamam atenção para este campo de evangelização.
A caminhada da Pastoral Familiar no Brasil teve grandes avanços. Iniciou na década de 80 e teve diversos marcos. Em 1993 foi lançado o Documento 65 da coleção CNBB, a Pastoral Familiar no Brasil. Em 1994, a Campanha da Fraternidade com o lema: “A Família como vai?” Em 1998 o Setor Família apresentou o Guia de implantação da pastoral familiar na Paróquia. Em 2001 editou a Guia de Preparação para a Vida Matrimonial (Encontro de Noivos).  Na 41º Assembleia Geral da CNBB, o Setor Família e Vida e foram constituídos na atual Comissão Episcopal Pastoral para a Vida.
Afinal o que é Pastoral Familiar? É um serviço que se realiza na Igreja e com a Igreja, de forma organizada e planejada através de agentes específicos, com metodologia própria, tendo como objetivo apoiar a família a partir da realidade em que se encontra, para que possa existir e viver dignamente, estabelecer relacionamentos. A Missão da Pastoral Familiar: É a defesa e promoção das pessoas em todas as etapas e circunstancias da vida.  Alguns Objetivos da Pastoral Familiar: “Promover, Fortalecer e Evangelizar a Família”.  Para isso destacamos as principais ações: Formar agentes qualificados; Formação de qualidade aos Noivos; Acolher a realidade familiar; Valorizar o ser humano desde a concepção até a morte natural; Despertar o sentido missionário; (Diretório da Pastoral Familiar nº 461). “Pastoral é pastorear, animar, cuidar, zelar, acompanhar uma fé que existe”. A pastoral familiar tem que ter: Engrenagem, desafios e esperança. A Pastoral Familiar é como o “eixo” das pastorais. Ela é o ponto básico e fundamental, pois todas as pastorais tem alguma coisa relação com a família, e a Pastoral Familiar também tem muito afinidade com as outras pastorais. Muitas vezes precisamos renunciar nosso projeto e seguir o projeto de Deus. A pastoral familiar poderá contribuir para que a família seja reconhecida e vivida como lugar de realização humana, a mais intensa possível na experiência de paternidade, de maternidade e filiação e de educação contínua da fé. (Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora nº 108). A Pastoral Familiar trata de relacionamentos próximos: da pessoa e de Deus. Como estratégia de trabalho, temos o pré matrimonio, pois precisa abordar o ser humano desde a gestação, perpassando a primeira infância, adolescência, namoro, noivado, dia do casamento e encaminhar para o pós-matrimônio, acompanhamento da formação da nova família que gera engajamento de novas lideranças, encontros para oração, partilha de vida, experiências, etc. E também para assistir as famílias desprovidas de uma estrutura fortalecida onde temos os casos especiais. Pois em primeiro lugar devemos seguir as ações de Jesus, na acolhida a todos, sem discriminação e preconceitos, amar sem julgamentos e orientar para a vida em comunidade.
Fruto do trabalho realizado com famílias nasce o Instituto Nacional da Pastoral Familiar – INAPAF, sua natureza é a formação de agentes para trabalhar as diferentes realidades familiares. Com sede em Brasília-DF, é uma escola criada para promover a formação geral de agentes para a Pastoral Familiar e para outras Pastorais, o Ensino Religioso e demais campos de evangelização. Promove também a vivência de valores humanos e cristãos em família e em sociedade. Oferece um curso em 3 fases com 8 módulos cada uma. Na primeira trata sobre relacionamento humano e evangelização, fundamentais para a pessoa e sua aplicação na atividade Pastoral e em outros campos missionários. Esses temas ajudam a pessoa a organizar e implementar a ação pastoral. Na segunda fase os valores humanos e evangélicos nos relacionamentos próximos e sobre a educação para a vida familiar, comunitária e social - ampliam e aprofundam os temas da fase anterior, Propõem a vivência em família e comunitária dos valores cristãos, essenciais para uma vida de comunhão e partilha. E por fim os elementos essenciais para os relacionamentos interpessoais na família e na comunidade, para a educação da afetividade e articulações interpastorais. Todos esses serviços à família estão baseados nos valores evangélicos.
Por fim, a família é uma preciosidade grande que precisa ser cuidada, amada e valorizada. Se esta célula social estiver bem, todo seu conjunto vai bem. Como Igreja cada um de nós pode fazer parte deste projeto tão belo e perfeito que e o REINO DE DEUS. Ele conta com você.

Cleusa Furtado de Sousa e Edson Sidinei Hübner
Secretaria Diocesana da Pastoral da Família – Diocese de Caçador.

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